Foi publicado na edição de hoje do Jornal Cruzeiro do Sul (Sorocaba) um artigo divulgando um pouco da história e o impacto dos estudos sobre o gene BRCA1 implicado com o desenvolvimento de câncer de mama e ovário. Além disso, tentei integrar a questão da presença de um determinado gene mutante com a manifestação ou expressão de fato do gene no organismo. James Watson (um dos proponentes do modelo de dupla-helice do DNA - ganhador de prêmio Nobel) escreveu um livro com o título "DNA: o segredo da vida", mas será que os segredos estão todos realmente escondidos nesta molécula? Quando vale e quando não vale o tal determinismo genético? Pode-se ignorar um diagnóstico positivo para uma mutação do gene BRCA1? Se não, como lidar com ele: à la Angelina Jolie (e também opção de milhares de mulheres) ou seguindo uma cartilha rigorosa de acompanhamento clínico-médico? O artigo não traz a resposta, óbvio. Apenas provoca a reflexão sobre o quanto genes podem tomar conta da nossa vida e o quão pouco sabemos dos genes que carregamos. Até que ponto os genes podem ser responsabilizados por nossos comportamentos complexos numa escala de 0 a 100? Quem faz pesquisa científica sobre esses assuntos? Deveriam haver pesquisas nestas áreas? Pois a comunidade científica tem discutido estas perguntas, o que parece ser mais importante do que a resposta em si, pois provoca o movimento em busca de conhecimento e transformação.
Eis o link para o artigo:
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/545216/sobre-genes-e-destino-il-buono-il-brutto-il-cattivo
ana