quinta-feira, fevereiro 01, 2007

língua-mãe ou madrasta?



"Should we therefore make additional efforts to incorporate scientific English into our culture or should we improve our native scientific language? There seems to be no easy solution, although both alternatives present considerable challenges for any non-English-speaking countries. "
ou seja:
"Devemos nos esforçar mais para incorporar o Inglês científico na nossa cultura ou devemos melhorar nossa linguagem científica nativa? Parece não haver uma solução fácil para esta questão, embora ambas as alternativas representam desafios consideráveis para qualquer país que não fala Inglês."
Vale a pena ler a discussão apresentada neste artigo da última EMBO Reports sobre o desafio de escolher entre o uso do idioma oficial (Inglês) ou da língua nativa em publicações científicas. Entram neste tema questões como índice de impacto, soberania nacional, visibilidade na comunidade científica, dificuldades no domínio da língua inglesa, etc.


Espero ter tempo para ampliar esta discussão no viagene, aguardem.




11 comentários:

Osame Kinouchi disse...

Ana, quando vc se trasnferiu para o new blogger, os acentos do seu sidebar foram detonados. Acho que vc precisa ir no MODELO e redigitar tudo lá... Ah, os acentos...Que mãe madrasta, não?

via gene disse...

Olá Osame!
É verdade... eu havia reparado nisso também, mas ainda não tive tempo de corrigir o problema... obrigada por me lembrar! Madrasta má... :)
abraços,
ana claudia

Anônimo disse...

Ana, tambem queria te lembrar que na coluna de colaboradores do Roda da Ciencia, em vez de constar seu nome, esta colocado Via Gene. Acho que vc deveria pedir para a Maria consertar.

João Carlos disse...

Ana, cansei de esperar que você ampliasse a exposição sobre o assunto...

O fato do inglês ser uma língua não-latina, quase que 80% monossilábica, sem acentuações (porém sem regras de pronúncia, também...), a torna uma língua fácil de ser mal falada e escrita, e dificlíma de ser bem falada e escrita. (Estou parafraseando André Segóvia, falando do violão).

Na verdade não existe este tal "inglês científico". O que existe é latinório (e "gregório") anglicizado e "liberdades poéticas" tomadas com palavras de uso pouco comum e usadas com um significado específico, dentro de um determinado contexto. E uma extrema liberdade de criar neologismos...

Quando se vai traduzir para o português (por exemplo), gasta-se um monte de notas de pé de página para explicar ao leitor a manutenção do termo no idioma original, porque não vale a pena tentar traduzir (por exemplo) "spin" por "rotação", nem "manyfold" por "variedade"... E certas palavras têm significados específicos em inglês, mas são traduzíveis pela mesma palavra em português (eg: "speed" e "velocity").

Francamente, eu não vejo como não incorporar esses termos técnicos à linguagem científica... Só os franceses e os portugueses insistem em chamar a AIDS de SIDA...

Osame Kinouchi disse...

Ana,vc está "brava" comigo? risos. Notei que o SEMCIENCIA não consta mais do seu sidebar...

Unknown disse...

Ana gostei muito do seu blog e queria entrar em contato com você. Infelizmente não achei um e-mail direto para falar com você. Será que você poderia me escrever? Passe seu e-mail para mim em trematodeo@gmail.com .

Abraços

via gene disse...

Caríssimos,

Me desculpem a ausência... volto para comentar:

Osame - acho que o viagene está mais "saudável" agora, com os acentos devidamente corrigidos (talvez tenha faltado algum?) e o Semciência na lista de blogs!

João Carlos - seus comentários são como aulas para mim, obrigada por contribuir com o via e me fazer aprender sobre André Segóvia (movida por sua citação fiquei curiosa e fui atrás). Sou adepta de democratizar o conhecimento - então a opção de uma só língua (inglês) é mais prática e eficiente - mas também ampliar os horizontes científicos do cidadão - então investir novos formatos e veículos para a publicação de pesquisas científicas em português deve ser uma busca constante.

Fausto: aclessinger@hotmail.com - antigamente o blog indicava para este e-mail (se não me engano), talvez a recente reformulação do site tenha deletado este contato. Sinta-se à vontade para entrar em contato.

Abraços,
ana claudia

João Carlos disse...

Ana, tudo bem... Contanto que o inglês passe por uma reforma ortográfica! Escrever em inglês é um pesadelo!

Rogério Silva disse...

Até há pouco a questão era como falar e escrever fácil em português. Agora é em inglês?????
Me poupem!!!
abs rogerio

João Carlos disse...

Rogério: Você já reparou quantas siglas em inglês estão sendo incorporadas ao português coloquial?...

É um tal de AIDS pra cá, MP3 pra lá... (até CD-ROM, pronunciado como "cedê-rum"... :D )

Qualquer caipira sabe que é fácil saber quem é o pai de uma criança: basta fazer o teste de DNA...

E como a gente vai chamar um "quark up"?... As duas palavras, deliberadamente, não têm sentido.

Anônimo disse...

OI Ana Claudia,
não conhecia seu blog! Sou Marcia Triunfol, do O DNA vai à Escola (www.odnavaiaescola.org) e fiquei sabendo de seu blog pleo Marcelo Leite. Queria te pedir um favor..será que você me mandaria o pdf desse artigo da EMBO (não tenho acesso). Meu email
marcia@odnavaiaescola.com
Já agradeço muitíssimo!!
Marcia