terça-feira, julho 18, 2006

ciência do BR em alta?

relâmpago: ver aqui, via agência FAPESP, nota da CAPES sobre o produção de artigos científicos brasilieros que registra crescimento de 20%... posição do Brasil no "ranking" = 17° (não mudou apesar dos 20% extra). A notícia no portal da CAPES está aqui.

11 comentários:

Silvia Cléa disse...

OI, Ana!

O que não faz uma análise crítica, não é? Enqto vc lê a matéria e publica um post curto e contundente a respeito da posição brasileira - estagnada; outras mídias, enfatizam o avanço de 20%!!
Parabéns pelo poder de concisão e sagacidade! ;))
Choremos juntas, pois...

via gene disse...

Olá Silvia!

Obrigada pelo comentário! Cada um enxerga o que quer, não é? Sim, choremos... depois é encher os pulmões e erguer a cabeça! (e fazer "render" cada centavo que o Brasil (pouco) investe em pesquisa... aliás, seria bom ver um gráfico de produção vs investimento, será que a CAPES tem isso?)

Silvia Cléa disse...

OI, Ana!

Duvido...é escancarar demais a não-vontade política!!! Há coisas que não "devem" ser ditas, apesar de óbvias...
Eles não, mas já nós...;))))
O pior, que os dados que nos chegam às mãos, sempre vem com um certo, digamos, "tratamento" (nem que seja um simples hidratante básico...), não é? Mas já seria uma boa amostra, mesmo assim!

via gene disse...

Sílvia!

Obrigada novamente pelo comentário! Acho importante percebermos que estes dados são muito relevantes para que se possa acompanhar a "evolução" da produção científica brasileira, mas não apenas os dados (brutos ou maquiados), minha esperança é que se amplie a discussão - o debate - a respeito dos dados, o quê eles significam em diferentes contextos (que seja... afinal nenhuma análise é absoluta, não é?) e se esse resultado vale o investimento ou até, se está além do investimento (é possível isso ou não?). Se as instituições não geram o debate, apenas liberam dados, taí a sociedade e nós pesquisadores para organizarmos essa discussão (que aliás daria também um bom tema para "o dia-do-blog-científico-temático" que tenho proposto em alguns dos meus últimos comentários em outros "blogs" por aí).

Osame Kinouchi disse...

Aqui no meu grupo estamos pesquisando um indice h para os paises, soltaremos os resultados em breve. Alguem quer apostar que a posição do Brasil, em termos de indice h, não é 17?

Osame Kinouchi disse...

Eu quiz dizer que é pior que 17.

via gene disse...

Olá Osame!
Obrigada pelo comentário. Fico na torcida pela análise do grupo de vocês, é preciso que se dedique mais "fosfato" para interpretar melhor o que significam esses dados... apenas dizer que aumentou... não quer dizer nada... não é? o Adilson, do "blog" Por Dentro da Ciência também tem uma postagem interessante sobre esse último "release" da CAPES, vale a pena conferir!
abraços,
ana claudia

Adilson J A de Oliveira disse...

Cara Claúdia,
Sobre a produção científica ainda tem muito espaço para discutir. O interessante é que em alguns casos, como em concursos públicos para cargos em universidade, nem sempre vale ter muitos papers. Alguns concursos estão limitando o número de paper na hora de analisar os curricula.
Um abraço
Adilson

João Alexandrino disse...

Uma coisa que não cheguei a perceber é quanta da ciência brasileira é na realidade produzida no Brasil. Esta deve ser distinguida daquela ciência feita por pesquisadores ligados a instituições brasileiras mas produzida totalmente fora do Brasil. É que a existência de recursos humanos ativos em certa área científica não é = a recursos humanos + capacidade científica instalada. Esta última é importante, por aferir a ciência produzida pelos recursos humanos no Brasil com a infraestrutura de ciência existente. Alguém me sabe informar sobre isto? Abs.

via gene disse...

João!
Acho totalmente pertinente esta sua colocação (acho que também manifestei esta dúvida num comentário a um post do "Por Dentro da Ciência, no blog do Adilson). Afinal, o que é ciência "BRASILEIRA"? Como é avaliado isso, quais os critéios? Seria mais interessante aprofundar a discussão do que soltar uns números sem sentido... não é? Também não sei a resposta...

Adilson - curiosa essa história do número de papers... mas "avaliação", seja em concursos ou institucional, ainda é uma caixa-preta que precisa ser cutucada... :)

Adilson J A de Oliveira disse...

Olá Cláudia.
Aqui na UFSCar os concursos limitam a nota ao número de paper igual a 6, ou seja tanto faz ter 6 ou 60 a nota é a mesma (para p curriculo). É claro que a subjetivo todo concurso e claro que um número maior de paper costum impressionar mais. Quando a banca tem muitos teóricos, ele não costumam valorizar paper com muitos autores (que é comum hoje em Física da Matéria condensada)
Um abraço

Adilson